Os furacões são fenômenos naturais de grande intensidade, causados por condições meteorológicas específicas em regiões tropicais e subtropicais. Sua capacidade de destruição é mensurada pela Escala de Furacões Saffir-Simpson, que avalia a força dos ventos e o potencial de danos causados à infraestrutura e à vida humana. As categorias variam de 1 a 5, com cada nível representando um grau crescente de severidade. Entender as diferenças entre essas categorias é essencial para avaliar os riscos e a preparação necessária diante de um furacão.


A Escala Saffir-Simpson classifica os furacões de acordo com a velocidade do vento sustentado por um minuto, com base nos danos potenciais:

  1. Categoria 1 (Ventos de 119 a 153 km/h):
    Embora considerada a categoria mais baixa, um furacão de Categoria 1 ainda é perigoso. Ventos dessa magnitude são capazes de causar danos a telhados e árvores com raízes superficiais. Além disso, quedas de energia podem ser comuns em áreas com infraestrutura frágil, pois linhas de transmissão podem ser danificadas.
  2. Categoria 2 (Ventos de 154 a 177 km/h):
    Quando um furacão atinge a Categoria 2, os danos se tornam significativamente mais severos. Telhados, portas e janelas de edificações podem ser destruídos, e árvores grandes são derrubadas com mais facilidade. Além disso, áreas costeiras enfrentam riscos de inundações causadas pelo aumento da maré e das ondas.
  3. Categoria 3 (Ventos de 178 a 208 km/h):
    Um furacão de Categoria 3 é considerado “maior”, ou seja, tem potencial para causar danos devastadores. Telhados de construções pequenas e médias são destruídos, árvores grandes são arrancadas pela raiz, e o acesso a áreas afetadas pode ser cortado por dias ou semanas devido a escombros e alagamentos. Essas áreas também podem enfrentar interrupções prolongadas nos serviços de eletricidade e água.
  4. Categoria 4 (Ventos de 209 a 251 km/h):
    Com ventos acima de 200 km/h, os furacões de Categoria 4 causam danos catastróficos. Estruturas de madeira, telhados e até mesmo paredes externas podem ser destruídos. Comunidades inteiras podem se tornar inabitáveis por semanas ou meses. As áreas afetadas frequentemente precisam de ajuda externa para reconstrução e recuperação.
  5. Categoria 5 (Ventos acima de 252 km/h):
    A Categoria 5 representa o grau máximo de destruição em furacões, com ventos capazes de demolir quase todas as construções, especialmente as feitas de madeira ou materiais menos resistentes. Áreas atingidas por furacões dessa magnitude podem se tornar inabitáveis por meses ou até anos, dependendo do nível de destruição. Exemplos históricos de tempestades que atingiram a terra com a intensidade de Categoria 5 incluem: Cuba (1924), Okeechobee (1928), Bahamas (1932), Cuba–Brownsville (1933), Labor Day (1935), Janet (1955), Camille (1969), Edith (1971), Anita (1977), David (1979), Gilbert (1988), Andrew (1992), Dean (2007), Felix (2007), Irma (2017), Maria (2017), Michael (2018), e Dorian (2019). Curiosamente, não há registros de furacões que tenham atingido a força de Categoria 5 na bacia do Pacífico Oriental.

Furacões como o Katrina (2005) e o Irma (2017) são exemplos notáveis de tempestades dessa categoria que causaram grande devastação. Recentemente, o Furacão Milton foi reclassificado como Categoria 3, com ventos de até 208 km/h, reacendendo as discussões sobre a possível criação de uma Categoria 6 para representar furacões com intensidade ainda maior.

A Escala de Furacões Saffir-Simpson é uma ferramenta vital para medir o potencial de destruição dos furacões. De Categoria 1 a Categoria 5, o impacto dos ventos aumenta exponencialmente, resultando em consequências devastadoras para as regiões afetadas. Enquanto a Categoria 5 é a mais severa oficialmente reconhecida, há crescente debate sobre a necessidade de incluir uma Categoria 6, dada a crescente intensidade dos fenômenos climáticos. Com a mudança climática global, a compreensão dessas categorias se torna ainda mais importante para a preparação e mitigação de desastres.

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