A Petrobras está avançando em seus planos de expansão da energia eólica offshore no Brasil. Com um investimento de R$ 60 milhões, a empresa está lançando cinco novas unidades da Boia Remota de Avaliação de Ventos Offshore (Bravo), que monitoram o potencial eólico em alto-mar. Esse projeto faz parte da estratégia da Petrobras para acelerar a transição energética e explorar fontes renováveis de energia.
A Petrobras anunciou um novo investimento de R$ 60 milhões em cinco novas unidades da boia Bravo, uma tecnologia desenvolvida para medir e monitorar o potencial dos ventos na costa brasileira. As boias serão instaladas no oceano e têm como objetivo fornecer dados sobre o vento e outras variáveis climáticas e oceanográficas, essenciais para a futura implementação de parques eólicos offshore.
A primeira boia dessa nova fase começará a operar em dezembro de 2024, com as demais previstas para até o final de 2025. A Bravo já está em operação há um ano em Areia Branca, no litoral do Rio Grande do Norte, onde tem registrado dados valiosos sobre o comportamento dos ventos no mar. Este projeto visa continuar esse mapeamento e ampliar o conhecimento sobre as condições para a energia eólica no país.
Desenvolvida pelo Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação da Petrobras (Cenpes), em parceria com o Instituto SENAI de Inovação, a Bravo utiliza tecnologia nacional e é equipada com sensores ópticos de Lidar (Light Detection and Ranging), capazes de medir a velocidade e direção dos ventos com precisão. Além disso, a boia capta variáveis meteorológicas, como temperatura e pressão atmosférica, e oceanográficas, como ondas e correntes marítimas.
Segundo o diretor de Transição Energética e Sustentabilidade da Petrobras, Maurício Tolmasquim, este projeto é um passo fundamental na transição energética da empresa. “Estamos realizando a maior campanha de mapeamento eólico offshore no Brasil, que será essencial para avaliar a viabilidade de futuras instalações de energia eólica no país”, destacou.
O projeto conta também com recursos destinados à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), reforçando a importância do desenvolvimento de tecnologias renováveis para o setor de energia.