Nesta terça-feira (5), o Banco Central (BC) divulgou uma nova edição da “Série Cidadania Financeira”, aprofundando a análise do endividamento de risco no país. Os números revelam que, em março de 2023, o Brasil contava com 15,1 milhões de endividados de risco, correspondendo a 14,2% da população que utiliza crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN).
O estudo classifica como endividado de risco aquele tomador de crédito que atende a dois ou mais critérios simultaneamente: inadimplência, comprometimento da renda mensal acima de 50%, exposição simultânea a cheque especial, crédito pessoal sem consignação, e renda disponível mensal abaixo da linha de pobreza.
Comparado a março de 2021, o número de endividados de risco aumentou em 4,3 pontos percentuais. As regiões Norte e Nordeste registraram um aumento mais expressivo, com 7,4 pontos percentuais, enquanto a população feminina teve um crescimento de 5,4 pontos percentuais.
Os endividados de risco estão mais concentrados entre pessoas de maior idade (24,1%) e menor renda (37,8%). Além disso, predominam nas modalidades de crédito consignado, cartão de crédito e crédito pessoal.
Diogo Cruz, chefe de subunidade do Departamento de Promoção da Cidadania Financeira (Depef) do BC, destaca a interseção dos dados do endividamento de risco com uma pesquisa da Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Essa pesquisa, realizada em colaboração técnica com o BC, envolve um questionário sobre aspectos relacionados à saúde financeira dos brasileiros.
A análise da saúde financeira dos marcados como endividados de risco revela uma conexão com níveis mais baixos de bem-estar financeiro, poupança reduzida e menor capacidade de planejamento.
Conclusão:
Os dados apresentados pelo BC evidenciam o crescimento do endividamento de risco no Brasil, com impactos negativos na saúde financeira das famílias. Diante desse cenário, é crucial que os cidadãos estejam atentos ao seu orçamento e evitem contrair dívidas que possam comprometer sua estabilidade financeira. O alerta reforça a importância da educação financeira e da tomada de decisões conscientes para evitar situações de endividamento prejudiciais.
FONTE: BANCO CENTRAL
Gostei da materia