No último domingo (12), o Brasil perdeu uma de suas vozes mais atuantes na luta pelos direitos das pessoas com deficiência. A deputada Amália Barros (PL-MT), aos 39 anos, faleceu no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, onde estava internada desde o dia 1º de maio após passar por uma cirurgia para a retirada de um nódulo no pâncreas.

Eleita em 2022 com expressivos 70 mil votos, Amália Barros exercia seu primeiro mandato na Câmara dos Deputados. Sua morte foi anunciada através de uma nota publicada em suas redes sociais, onde amigos, colegas de partido e admiradores lamentaram a perda.

Natural de Mogi Mirim, São Paulo, Amália Barros era uma figura notável não apenas na política, mas também na defesa das pessoas com visão monocular. Aos 20 anos, enfrentou a perda da visão de um dos olhos, uma experiência que a impulsionou a transformar sua dor em luta. Fundou o Instituto Nacional da Pessoa com Visão Monocular e dedicou-se incansavelmente à causa, promovendo campanhas de arrecadação de recursos e doações de próteses oculares e lentes esclerais.

Em 2021, Amália liderou a aprovação da Lei que leva seu nome, garantindo às pessoas com visão monocular os mesmos direitos conferidos a pessoas com outras deficiências. Seu livro “Se Enxerga!: Transforme Desafios em Grandes Oportunidades para Você e Outras Pessoas” também se destacou como um relato inspirador de sua jornada pessoal e política.

Além de sua atuação legislativa, Amália Barros era vice-presidente do PL Mulher e contava com uma forte rede de apoio, incluindo a amizade próxima da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, que expressou suas condolências nas redes sociais.

O ex-deputado federal Nelson Barbudo (PL) está previsto para assumir a cadeira deixada por Amália Barros, completando assim o ciclo legislativo iniciado por ela.

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados, prestou homenagem à colega falecida, reconhecendo sua dedicação à causa da visão monocular e sua contribuição legislativa. “Uma conquista ímpar para o segmento”, destacou Lira, referindo-se à Lei Amália Barros.

A partida prematura de Amália Barros deixa um vazio não apenas na política brasileira, mas também na luta por uma sociedade mais inclusiva e igualitária. Seu legado perdurará como um farol de esperança para as gerações futuras na busca por justiça e equidade para todos.

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Fonte: Agencia Brasil/JN LIBERTI

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