Na última segunda-feira (27), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu autorização para que a Polícia Federal tome o depoimento do delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa. O delegado está preso em decorrência das investigações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco.
De acordo com a decisão de Moraes, a Polícia Federal terá um prazo de cinco dias para realizar a oitiva de Barbosa. O ministro enfatizou que os direitos do delegado devem ser resguardados durante o processo, incluindo o direito ao silêncio e a garantia de não autoincriminação.
Na semana anterior, Rivaldo Barbosa havia solicitado, por escrito e de forma emotiva, a oportunidade de prestar depoimento à Polícia Federal. Ele escreveu um pedido à mão, implorando “pelo amor de Deus” e “por misericórdia” para ser ouvido. Atualmente, Barbosa está detido no presídio federal em Brasília.
Além de Barbosa, outros acusados pelo assassinato de Marielle Franco incluem o conselheiro do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, Domingos Brazão, e o deputado federal Chiquinho Brazão (União-RJ). Ambos foram denunciados ao STF pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por crimes de homicídio e organização criminosa, e estão presos por determinação de Moraes, suspeitos de envolvimento na morte da vereadora.
As investigações apontam que Rivaldo Barbosa, então chefe da Polícia Civil, teria dado instruções, a mando dos irmãos Brazão, para a execução dos disparos que mataram Marielle Franco e seu motorista, Anderson Gomes.
A defesa de Barbosa contestou a credibilidade dos depoimentos obtidos por delação premiada do ex-policial militar Ronnie Lessa, que confessou o assassinato e implicou tanto o delegado quanto os irmãos Brazão como participantes do crime.
Fonte: Agência Brasil